Maio foi um mês de boa performance para o fundo, que rendeu 1,70%, performance de 150% do CDI. No ano, o fundo apresenta uma performance acumulada de 2,76%.
Após um turbulento mês de abril, em maio, os mercados parecem ter se acostumado com o vai e vem das políticas tarifarias americanas, de forma que, uma leve desaceleração do ímpeto tarifário trouxe ânimo para os mercados de ações, que tiveram excelente performance durante o mês. A melhor performance aconteceu nos EUA, onde o NASDAQ (índice de ações do setor de tecnologia americano) performando perto de 10%, e o S&P 500 teve retornos próximos de 6%, retomando níveis próximos ao seu all time high. Já no resto do mundo, a Europa foi destaque, com o DAX (índice da bolsa alemã) fechou o mês com quase 7% de retorno, corroborando nossa tese de que nessa conjuntura atual, o mercado europeu passa a ser novamente um destino atrativo para investidores internacionais.

Apesar da boa performance das bolsas globais, o mês de maio foi especialmente volátil para juros. O governo Trump propôs um pacote fiscal, intitulado de “the one big beautifull bill”, que propõe cortes de gastos em áreas como saúde, educação e benefícios sociais, e aumentos em áreas como defesa e aplicação de medidas contra imigração, além disso, o pacote prevê aumentos de isenções de impostos para diversos grupos, resultando em um impacto fiscal de quase 3 trilhões de dólares em 10 anos. O mercado de juros não reagiu bem, resultando em um movimento de bear steepening na curva de juros americana, ou seja, abertura nas taxas de juros em todos os vértices, mas com as taxas mais longas, especialmente as de 20 e 30 anos, sendo as mais afetadas. Esse movimento se iniciou nos estados unidos, mas acabou afetando as curvas longas de praticamente todos os países desenvolvidos, indicando que os investidores em renda fixa estão exigindo prêmios cada vez mais elevados para financiar dívidas públicas cada vez maiores.

Diante desse cenário, fundos com exposição a juros internacionais, como alguns hedge funds, tiveram uma performance mista. Já fundos de crédito com duration mais elevada, como o PIMCO e o Man GLG, acabaram sendo penalizados por essa abertura nos juros. No final do mês, entretanto, o fechamento dos spreads de crédito em meio a esse ambiente risk on, foi um fator mais determinante que a abertura nos juros na performance dos fundos, resultando em boa performance dos fundos de crédito investment grade, e melhor ainda dos fundos de crédito high yield.

Diante desse cenário global altamente incerto, seguimos aumentando nossa exposição a ativos fora dos EUA. Aumentamos nossas posições em ETFs de ações globais que investem principalmente em países europeus. Além disso, montamos uma posição tática em juros longos nos estados unidos, que pode se beneficiar caso a bill sofra alguma modificação no senado nas próximas semanas.